In May, IPCA was 0.37% up in the month, a variation slightly below market consensus (0.38%) and slightly above SulAmérica Investimentos projection (0.35%).*

In May, IPCA was 0.37% up in the month, a variation slightly below market consensus (0.38%) and slightly above SulAmérica Investimentos projection (0.35%).*

IPCA – Maio

07/06/13

Em maio, o IPCA subiu 0,37% no mês, uma variação um pouco abaixo do consenso do mercado (0,38%) e um pouco acima da projeção da SulAmérica Investimentos (0,35%). Nos últimos doze meses, a inflação acumulou alta de 6,50%, permanecendo estável em relação ao valor visto no último mês e também ficando em torno do teto oficial da meta (6,5%).

Nos grandes grupos, cabe destacar que a queda de 0,18 pp da inflação entre abril e maio pode ser explicada, basicamente, pelo arrefecimento na variação de preços de Alimentação e bebidas (de 0,96% M/M para 0,31% M/M, com contribuição negativa de 0,16 pp) e Saúde e medicamentos (de 1,28% M/M para 0,94% M/M, com contribuição -0,04 pp). Em relação à inflação de alimentos, houve diminuição em especial no subgrupo Alimentação no domicílio, com variação bem próxima de zero tanto para Alimentos comercializáveis com o exterior quanto para Alimentos não comercializáveis com o exterior. Esse último subgrupo havia mostrado inflação muito elevada no começo do ano, acumulando variação acima de 40% em 12 meses, porém finalmente mostrou arrefecimento em maio (passou de 5,46% M/M em abril para 0,14% M/M em maio), revelando a normalização das condições de oferta em alguns itens que estavam sendo afetados por padrões climáticos não usuais (em especial no Nordeste).

No grupo Saúde e medicamentos, cabe destacar que boa parte da alta dos medicamentos se concentra no mês de abril (quando é permitido reajuste pelo governo). O aumento menor em relação ao mês anterior, portanto, já era esperado.

O índice de difusão, que mede o percentual de subitens que teve alta no mês, recuou novamente em maio, para 63,0%, sendo que ele já foi de 75% em janeiro desse ano. Desconsiderando os preços de alimentos, que têm bem mais subitens do que os demais grupos e, portanto, influenciam esse indicador, e que também sofrem forte influência da sazonalidade, o índice de difusão exclusive alimentos também mostrou recuo na média móvel de 3 meses, porém com o índice se situando ainda num patamar que é condizente com a inflação entre 5,5% e 6,0% e não com a inflação de 4,5%.

Nas categorias de uso, cabe destacar a inflação de serviços, que ficou em 0,56% M/M e 8,50% A/A no dado calculado pelo Banco Central, mostrando aceleração na taxa de inflação em 12 meses em relação ao mês anterior (8,12%). A inflação de serviços excluindo a alimentação fora do domicílio (que também é afetada pelos preços de alimentos) e os preços de passagens aéreas (que são muito voláteis) tem ficado em torno de 8,0% desde março de 2012 (foi de 7,99% A/A em mai/13) e tem ficado acima da inflação geral basicamente desde 2006. A alta inflação de serviços está relacionada à baixa taxa de desemprego.

Os preços de bens industriais também apresentaram inflação em maio, de 0,21% M/M. Desde outubro de 2012 a inflação de bens industriais deixou de mostrar deflação, mostrando os efeitos que a desvalorização cambial e o fechamento comercial do Brasil tem sobre esses itens. A variação dos preços de bens duráveis (um subgrupo dos bens industriais) deixou de ficar deflacionária no cálculo em 12 meses, refletindo ainda melhor esse fenômeno. A desvalorização cambial adicional que tem ocorrido no Brasil nas últimas semanas, assim como a perspectiva de demanda forte por bens duráveis (em especial de eletrodomésticos) pode significar que essa inflação pode ser ainda mais pressionada no futuro. Por enquanto, a inflação de bens industriais segue em torno de 3,5% A/A.

Em junho é provável que o IPCA volte a ficar acima do teto oficial da meta, quando um número muito baixo de IPCA do ano passado (0,08%) será substituído por um valor maior (entre 0,35% e 0,40%). O IPCA em 12 meses deve voltar a cair nos próximos meses, porém a queda total pode ser menor que a projetada nos meses anteriores. A desvalorização do Real diante de outras moedas (principalmente o dólar) deve criar mais pressões inflacionárias, em especial nos grupos de bens duráveis e outros comercializáveis. Dessa forma, apesar de a taxa de inflação em 12 meses seguir caindo no segundo semestre, é esperado agora que ela caia para 6,0% no final do ano e não 5,8% como projetado anteriormente.

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