Indications by the Fed in its notice after yesterday´s monetary policy meeting that it may begin to increase interest rates in the second half put investors in a defensive mood.

Indications by the Fed in its notice after yesterday´s monetary policy meeting that it may begin to increase interest rates in the second half put investors in a defensive mood.

Edição 1264

30/04/2015

Sinalizações emitidas pelo Fed, em seu comunicado divulgado após a reunião de política monetária ontem, de que não está afastada a possibilidade de se iniciar a elevação dos juros no segundo semestre, empurram os investidores para a defensiva. Para o Fed, a economia americana prossegue crescendo em ritmo moderado, afastando a hipótese de eventual postergação para 2016 do momento de começar a alta dos juros básicos.

Na Ásia, pesou a decepção com o baixo desempenho da economia americana no 1º trimestre, quando cresceu apenas 0,2% em termos anualizados, vindo abaixo das projeções do mercado (1,0%). No Japão, o índice Nikkei apurou perda de 2,69%, diante do enfraquecimento da moeda americana. O dólar é negociado a 118,86 ienes no momento, ante 119,0 ienes no final da tarde de ontem. Na China, os investidores optaram por se precaver diante da provável decepção frente ao dado de atividade econômica (PMI manufatura) que será divulgado amanhã, reduzindo as posições em ações. O índice Composto de Xangai fechou em queda de 0,78%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong apurou perda de 0,94%.

Na Europa, os mercados operam em direções distintas, ainda que prevaleça certo pessimismo após a reunião do Fed/Fomc de ontem. Os dados econômicos europeus divulgados, hoje, mostram desemprego parado em 11,3% em março na região, enquanto a inflação ficou estável, interrompendo três meses seguidos de queda. O índice de ações pan-europeu, após forte queda na abertura do pregão, registra queda de 0,21% no momento. Londres opera com ganho de 0,14%, enquanto Paris recua 0,14% e Frankfurt avança 0,11%. O euro se fortaleceu frente ao dólar, sendo cotado a US$ 1,1178, com valorização de 0,45%, nesta manhã.

Nos EUA, o índice futuro do S&P 500 opera com perda de 0,22% no momento, enquanto o índice DXY encontra-se em 94,897, recuando 0,34%, em linha com os fracos resultados apresentados pela economia americana, recentemente. No mercado de juros, o yield do T-Bond de 10 anos permanece flutuando em torno de 2,0% ao ano. Na agenda, serão conhecidos os gastos pessoais e a renda pessoal, referentes a março, que devem ter aumentado 0,3% e 0,5%, respectivamente, segundo as projeções do mercado. A inflação anual medida pelo PCE deve ter ficado em 1,4%.

A divulgação de um volume de estoques de petróleo nos EUA menor do que o esperado pelos analistas empurra as cotações do produto WTI para cima, sendo negociado a US$ 58,89/barril, com alta de 0,53%, no momento. Demais commodities também operam em alta, com exceção de metais preciosos que perdem 0,65%, nesta manhã.

O Copom ontem elevou a Selic para 13,25%, como esperava a maioria dos analistas, repetindo o mesmo comunicado divulgado da decisão anterior, dando a entender que o ciclo de aperto deve continuar em junho. Como a precificação não era de 100% de chances de um aperto de 0,50 ponto percentual, os juros de curtíssimo prazo tendem a subir no dia de hoje. O real pode ser favorecido não só pelo enfraquecimento global do dólar no dia de hoje, bem como pela percepção de que o aperto monetário terá continuidade.

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