Investors’ focus is the USA, where the October employment report will be released at 11:30 a.m

Edição 910

08/11/2013

O foco estará voltado para os Estados Unidos, onde será divulgado o relatório do emprego referente a outubro as 11h30. A mediana das projeções de mercado aponta para criação líquida de 120 mil novas vagas pela economia americana no mês, abaixo do número de setembro (148 mil). A taxa de desemprego deverá subir de 7,2% para 7,3%, refletindo os efeitos do fechamento parcial das atividades do governo federal na primeira quinzena do mês. Os números a serem divulgados, ao lado dos indicadores conhecidos nos últimos dias, poderão reforçar o quadro de fortalecimento da economia americana, aumentando as apostas de que o Fed deve iniciar o "tapering" ainda neste ano. Neste contexto, mercados preferem operar com certa cautela à espera dos dados.

O dólar index, que registrou forte alta ontem, opera estável (+0,05%) no momento. O juro pago pelatreasury de 10 anos encontra-se em 2,612%, nesta manhã. Para as bolsas, fica a dúvida: podem não gostar de perder a liquidez abundante promovida pelo Fed, como podem se entusiasmar com a melhora da economia americana. Os futuros dos índices S&P e D&J operam com altas discretas: +0,26% e +0,10%, respectivamente.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu STOXX600 recua 0,48%. Principais bolsas da região mostram perdas significativas no momento: Londres -0,32%; Paris -0,68% e Frankfurt -0,52%. O euro é negociado a US$ 1,3420 nesta manhã, contra US$ 1,3418 de ontem à tarde, dia em que registrou perda de 1,6% ante ao dólar, a maior queda em um dia nos últimos dois anos.

Bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com perda de 0,4%, com investidores cautelosos, no aguardo dos números sobre o mercado de trabalho americano. Nem mesmo os bons resultados apresentados pela balança comercial chinesa em outubro – onde os dados de exportações e importações surpreenderam positivamente os analistas – animaram os mercados. Na China, a bolsa de Xangai apurou perda de 1,09%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o dia com queda de 0,60%. A forte alta dos juros no interbancário chinês voltou a assustar os investidores. Em Tókio, o Nikkei fechou com queda de 1,00%, refletindo basicamente a fraqueza do dólar decorrente da percepção de que o "tapering" pode começar ainda neste ano. A moeda japonesa é negociada a 98,19 ienes por dólar, contra ¥98,13/US$ na tarde de ontem.

No mercado de petróleo, a cotação do produto tipo WTI subiu para US$ 94,38/barril (+0,18% no momento), refletindo a expectativa de que o crescimento da economia americana começa a mostrar sinais de sustentabilidade. Demais commodities operam em direções distintas, com destaque para metais (-0,01%), agrícolas (-0,04%%) e metais preciosos (+0,23%).

No Brasil, os investidores deverão aguardar a divulgação do relatório do mercado de trabalho para definirem uma estratégia. Incertezas em relação à política monetária do Fed devem persistir, mantendo a volatilidade elevada ao longo do pregão. Os dados de emprego americano também devem afetar os mercados de câmbio e juros, mantendo a volatilidade observada nas últimas semanas.

Superintendência de Economia
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