Lower-than-expected activity indicators reported in Europe (specifically in Germany) instil fears over further global economic slowdown, fueling risk aversion this Friday.*

Lower-than-expected activity indicators reported in Europe (specifically in Germany) instil fears over further global economic slowdown, fueling risk aversion this Friday.*

Edição 2218

22/03/2019

Indicadores de atividade abaixo do esperado pelo mercado, divulgados na Europa e mais especificamente na Alemanha, acentuam os temores de intensificação do enfraquecimento da economia mundial, alimentando a aversão ao risco, nesta sexta-feira.

Pesquisa da IHS Markit mostrou que o índice gerente de compras (PMI) composto da Alemanha, que mede a atividade nos setores industrial e de serviços, caiu de 52,8 em fevereiro para 51,5 em março, o menor nível em 69 meses. O PMI-manufatura alemão recuou para 44,7 em março, mostrando contração mais acentuada no setor industrial. Para a zona do euro como um todo, o PMI composto caiu de 51,9 em fevereiro para 51,3 em março. O euro se enfraqueceu para US$1,1301 de US$ 1,1365 no fim da tarde de ontem. O mercado de ações abriu esta sexta-feira, tomado por forte aversão ao risco. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,53%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,72%; o CAC40 cai 0,86% em Paris, enquanto em Frankfurt, o DAX tem perda de 0,57%.

No mercado americano, os temores com os sinais de uma desaceleração mais acentuada da atividade global, leva a remuneração da Treasury de 10 anos para 2,492% ao ano (2,515% ontem à tarde), atingindo o menor patamar em um ano. O dólar ganha força entre as principais moedas, dada à assimetria de crescimento entre as economias avançadas, favorável aos EUA. O índice DXY situa-se em 96,71, com alta de 0,22%. Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York acompanham a Europa, operando no vermelho. O índice futuro do Dow Jones perde 0,48%; do S&P 500 recua 0,45%; Nasdaq cai 0,36%.

Mercados de ações da Ásia, por sua vez, fecharam em alta, influenciados pelo rali das ações de tecnologia ocorrido ontem na bolsa de Nova York. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 0,20%. Na Coreia do Sul, o Kospi teve alta de 0,09% em Seul, sustentada em parte por sua principal blue chip, a empresa de tecnologia Samsung Eletronics. Em Taiwan, o Taiex avançou 0,28%, onde os destaques positivos foram também os papeis de tecnologia. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,09% em Tóquio, pesando sobre o mercado a alta do iene ante ao dólar nos últimos dias. Na China, o Xangai Composto também subiu 0,09% no pregão de hoje, enquanto ao Hang Seng teve alta de 0,14% em Hong Kong.

Em dia de aversão ao risco, as cotações das commodities mergulham no vermelho. O índice Geral de Commodity Bloomberg cai 0,23%, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em maio, é negociado a US$ 59,52/barril, caindo 0,77%, refletindo o ambiente negativo ao risco, bem como movimentos de realização de lucros.

Os ativos brasileiros deverão abrir na defensiva, em linha com a maior aversão ao risco prevalecente nos mercados internacionais diante de novas evidências de enfraquecimento da economia mundial, conjugado a um ambiente político doméstico mais conturbado, prejudicando a tramitação da reforma da Previdência. O governo deve anunciar hoje, o contingenciamento de R$ 30 bilhões de gastos públicos previstos no orçamento deste ano. A notícia é boa, mas não terá força para reverter o mau humor que deve predominar nos negócios de hoje.

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