Markets conduct businesses with low risk aversion this Monday. The international environment remains full of uncertainties*

Edição 2130

05/11/2018

Mercados começam os negócios nesta segunda-feira com baixa disposição ao risco. O ambiente internacional permanece recheado de incertezas, envolvendo a persistência das tensões comerciais entre os EUA e China, passando pelas eleições legislativas americanas de meio de mandato, que acontecem amanhã, e as questões europeias, com destaque para Itália e o Brexit.

No mercado americano, os juros das treasuries sustentam os ganhos de sexta-feira, após a divulgação de relatório mostrando forte criação de empregos em outubro, reforçando apostas de que o Fed continuará subindo as taxas de juros. Nesta manhã, o yield do T-Note de 10 anos encontra-se em 3,20% ao ano, enquanto o dólar mostra ligeiro recuo diante das principais moedas. Para o mercado de ações, a perspectiva para esta segunda-feira não são boas. Os principais índices futuros de ações de Nova York operam no vermelho, nesta manhã: o futuro do Dow Jones cai 0,29%; do S&P 500 recua 0,26%; Nasdaq perde 0,15%.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam em baixa, num movimento de realização de lucros após os fortes ganhos do pregão anterior. As incertezas sobre a perspectiva do comércio entre EUA e China, bem como sobre as eleições legislativas americanas, serviram de gatilho para o movimento de vendas. Na China, o índice Xangai Composto teve queda de 0,41%. Foi divulgado, neste final de semana, o índice de gerentes de compras (PMI) composto, elaborado pela Markit/Caixin, que recuou de 52,1 em setembro para 50,5 em outubro, o ritmo mais fraco de expansão dos últimos 28 meses. No Japão, o índice Nikkei perdeu 1,55% em Tóquio, enquanto a dólar recuava levemente a 113,19 ienes de 113,20 ienes no fim da tarde de sexta-feira. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 2,08%; o sul-coreano Kospi cedeu 0,91% em Seul; o Taiex registrou perda de 0,17% em Taiwan.

Na Europa, as principais bolsas da região operam com oscilações moderadas, com foco nas questões políticas italianas decorrentes da definição do orçamento fiscal, como também ponderando sobre a saúde financeira dos bancos europeus, cujos resultados foram divulgados na sexta-feira após o encerramento dos negócios. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações STOXX600 registra discreta queda (-0,03%); tendência semelhante é observada na bolsa londrina, onde o FTSE100 recua 0,08%. Em Paris, o CAC40 sobe 0,11%; em Frankfurt, o DAX tem alta marginal de 0,03%. O euro mostra variações pequenas em relação ao dólar, sendo cotado a US$ 1,1392, com leve queda ante US$ 1,1396 observado na sexta-feira à tarde.

No mercado de commodities, o índice Geral de Commodity Bloomberg registra alta de 0,20%, nesta manhã, refletindo principalmente a valorização de 1,41% apresentada pelos metais básicos. No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 62,83/barril, com queda de 0,49%, no momento.

Para os mercados brasileiros, o ambiente internacional seguirá pesando sobre as decisões dos investidores. No entanto, o principal direcionador dos preços dos ativos domésticos continuará sendo ditado pela evolução do futuro governo do presidente Jair Bolsonaro. Amanhã, ele deverá estar em Brasília para iniciar oficialmente a transição do governo. Deve se encontrar com o presidente Temer, onde deve se avaliar a possibilidade de se votar a reforma da Previdência ainda nesta legislatura.