Most global stock markets trade down this Thursday.

Most global stock markets trade down this Thursday.

Ediçao 2111

04/10/2018

A esmagadora maioria dos mercados acionários através do globo opera no vermelho, nesta quinta-feira. Um forte movimento de venda de Treasuries, contaminando papeis de outros países avançado, coloca o juro americano nos níveis mais elevados desde 2011, impulsionando o dólar e deprimindo o valor das ações.

Indicadores americanos mostrando forte crescimento do emprego privado e avanço na atividade industrial, somado a declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, traçando um cenário otimista sobre a economia, sugerindo que mais altas de juros estão por vir, impulsionaram uma onda global de vendas de bônus, com queda nos preços e consequente alta nos retornos.

O juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece em alta, sendo negociado a 3,215% ao ano, nesta manhã. Diante de um cenário de maior dinamismo da economia americana, respaldando um aperto monetário mais intenso, o dólar se valoriza em termos globais. Nesta manhã, o dólar avançava a 1,2885 dólar canadense; 73,735 rúpias indianas; 14,7331 rands sul-africanos; 6,1856 liras turcas; 66,2426 rublos russos. O mercado futuro de ações prognostica um dia ruim para as ações americanas: o índice futuro do Dow Jones opera em baixa de 0,45%; do S&P 500 cai 0,52%; Nasdaq recua 0,67%, no momento.

Esse ambiente de juros americanos em elevação contribuiu para que as bolsas asiáticas fechassem majoritariamente em queda. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com queda de 1,2%. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou perda de 0,56% nesta quinta-feira. Com a alta da remuneração das Treasuries, o juro pago pelo bônus da dívida do Japão (JGB) subiu acompanhando o movimento global, dando uma ajuda às ações dos bancos, mas não compensando a queda nos demais setores. O dólar é negociado a 114,30 ienes, muito próximo ao valor observado ontem à tarde (114,32 ienes). Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve baixa de 1,73%; na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 1,52%; em Taiwan, o Taiex perdeu 1,33%.

À semelhança do que ocorre em outras partes do mundo, as bolsas europeias mergulham no vermelho, nesta manhã. Além dos ventos contrários que sopram da renda fixa americana, pesam também negativamente as preocupações com o Brexit e as questões envolvendo as contas fiscais da Itália. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem queda de 0,83%. Em Londres, o FTSE100 recua 1,10%; em Paris, o CAC40 perde 1,07%; em Frankfurt, o DAX tem queda de 0,43%. O euro é negociado a US$ 1,1494, recuando ante o valor de US$ 1,1518 de ontem à tarde.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa moderada, nesta manhã. O contrato do produto tipo WTI para entrega em novembro é negociado a US$ 76,27/barril, com queda de 0,18%. A commodity é influenciada pelas tensões entre EUA e Irã, prejudicando a oferta do país persa, como também pelo dólar mais forte, que contém o apetite dos investidores.

Com as pesquisas consolidando as vitórias de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad nas eleições de domingo, o mercado deve dar trégua ao noticiário local. A Bovespa, provavelmente, deve abrir em baixa, acompanhando a tendência das bolsas internacionais, enquanto o dólar deve voltar acima de R$ 4,00/US$ diante do fortalecimento global da divisa americana.

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