New depreciation of the Chinese currency (the yuan) increases risk aversion, affecting mainly emerging markets´ currencies and assets*

Edição 1430

06/01/2016

Nova desvalorização da moeda chinesa (o yuan) redobra a onda de aversão ao risco entre os mercados, afetando principalmente as moedas e ativos das economias emergentes.

Na Ásia, mercados fecharam em baixa de olho na economia chinesa, mas também preocupados com as consequências do teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, nesta quarta-feira. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com perda de 0,9%. A bolsa de Tókio, após o início do pregão em alta, acabou contabilizando queda de 0,99%, em meio ao fortalecimento do iene, após o teste nuclear norte-coreano. Em relação ao dólar, a moeda japonesa se valoriza 0,43%, nesta manhã, sendo negociada a 118,56 ienes por dólar. Na China, a bolsa de Xangai fechou em alta de 2,25%, após as fortes quedas dos últimos dois dias. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou a sessão com queda de 0,98%.

Na Europa, à semelhança das bolsas asiáticas, predomina a aversão ao risco, levando os investidores a reduzir a exposição em ações. O índice STOXX600 recua 0,82%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,90%; em Paris o CAC40 recua 0,88%; em Frankfurt o DAX registra perda de 0,98%. O euro troca de mãos a US$ 1,0722, se desvalorizando 0,24% ante a moeda americana.

Nos Estados Unidos, uma agenda recheada de eventos econômicos também deverá contribuir para dar o tom aos negócios no dia de hoje. O instituto ADP divulga a criação de empregos pelo setor privado em dezembro. Segundo projeções do mercado, foram criados liquidamente 198 mil postos de trabalho, abaixo dos 217 mil vagas criadas em novembro. No final da tarde (17hs) o Fed divulga a ata da última reunião do Fomc, que resultou na primeira elevação da taxa de juros de referência, dando início à normalização da política monetária americana. No momento, o dólar índex registra alta de 0,14%, captando ligeiro movimento de valorização da moeda americana frente às principais moedas. A Treasury, favorecida pela busca de porto seguro, caminha para a quinta sessão seguida de ganhos. No momento, o juro do T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,209% ao ano, com queda de 1,19%.

Enquanto se aguarda pelos números sobre os estoques de petróleo americano, que segundo o consenso devem ter aumentado na semana que passou, o preço do produto tipo WTI opera em queda de 1,45%, sendo negociado a US$ 35,43/barril, nesta manhã.

A Bovespa, provavelmente, não deverá sustentar a alta observada ontem, devendo ser influenciada, negativamente, pelo movimento de aversão ao risco que toma conta dos mercados internacionais, principalmente dos emergentes. Da mesma forma, o dólar deve abrir em alta ante o real, enquanto as taxas de juros futuros devem voltar a subir em sintonia com o avanço do dólar e os juros dos bônus de países emergentes.