On an uneventful day, investors have increased their appetite for risk, benefiting mainly stock markets, motivated by the perception that the global economy has been gaining momentum due

On an uneventful day, investors have increased their appetite for risk, benefiting mainly stock markets, motivated by the perception that the global economy has been gaining momentum due

Edição 1243

30/03/2015

Em um dia sem muitas novidades na agenda econômica mundial, mas motivados pela percepção de que a economia global ganha força, seja pelos efeitos do QE europeu seja pelas esperadas medidas de estímulos a serem adotadas na China, os investidores elevam seu apetite por ativos de risco, favorecendo, principalmente, o mercado acionário.

Na Ásia, a maioria das bolsas da região fechou em alta após as autoridades chinesas discursarem no fim de semana, sinalizando na direção de mais medidas de relaxamento monetário no país, reforçando as expectativas do mercado por novos estímulos à economia. O índice Composto de Xangai encerrou o dia com alta de 2,59%. Em Hong Kong, a decisão de ampliar os fundos de investimentos chineses que podem fazer negócios na bolsa local levou o índice Hang Seng a encerrar o pregão com valorização de 1,51%. No Japão, a bolsa de Tókio apurou ganho de 0,65%, estimulada também pelas notícias vindas da China e pelo bom desempenho das bolsas americanas na sexta-feira. O dólar é negociado a 119,69 ienes nesta manhã, contra 119,16 ienes no final de sexta-feira.

Na Europa, em que pese às dúvidas sobre as negociações da Grécia junto à "troica", o mercado de ações permanece em trajetória de valorização, animado pelas expectativas positivas que cercam os resultados do QE europeu. Há uma clara percepção favorável à evolução da economia nos próximos meses. O índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de empresas e consumidores, subiu para 103,9 em março de 102, 3 em fevereiro. O índice STOXX600 registra alta de 0,87%, no momento, mantendo a tendência que já acumula valorização de 17% no ano. Em Londres, bolsa local avança 0,50%, Paris +0,96% e Frankfurt +1,41%. O euro troca de mão a US$ 1,0854 (US$ 1,0886 no final de sexta-feira).

Nos Estados Unidos, os futuros dos índices de ações S&P e D&J registram valorizações de 0,63% e 1,07%, respectivamente. O índice DXY sobe 0,44%, refletindo o forte apetite à moeda americana nesta manhã, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 1,963% ao ano. Na agenda, novos dados irão informar que a renda pessoal subiu 0,3% em fevereiro (+0,3% em janeiro), segundo o consenso do mercado, enquanto as despesas pessoais subiram 0,2% no mês (-0,2% em janeiro). A inflação medida pelo deflator do consumo (PCE) deve ter mostrado variação de 0,3% na comparação com fevereiro de 2014.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 47,76/barril, com queda de 2,23%. Expectativas de normalização da produção do Irã empurram os preços do produto para baixo no dia de hoje. Entre as outras commodities, metais básicos sobem 0,36% e agrícolas +0,30%, enquanto as demais operam no vermelho.

No Brasil, mercados devem permanecer voláteis, refletindo as turbulências locais, relacionadas ao quadro político e aos riscos do ajuste fiscal. A escorregada do ministro Joaquim Levy em mais um comentário "infeliz" sobre o governo da presidente Dilma, às vésperas de seu depoimento ao CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado), deve aguçar a oposição e críticas ao ajuste fiscal, mesmo entre a base aliada. Os ativos domésticos (ações, câmbio e juros) permanecerão sem um direcional claro, flutuando ao sabor do noticiário político.

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