President Donald Trump´s threats to raise tariffs from 10 to 25% on US$200 billion worth of Chinese imports frighten investors, fueling risk aversion this Thursday.*

President Donald Trump´s threats to raise tariffs from 10 to 25% on US$200 billion worth of Chinese imports frighten investors, fueling risk aversion this Thursday.*

Edição 2067

02/08/2018

As ameaças do presidente Donald Trump de elevar de 10% para 25% as tarifas sobre US$ 200 bilhões de importações da China assustam os investidores, alimentando a aversão ao risco nesta quinta-feira.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão de hoje com queda de 1,4%, registrando a maior queda das últimas seis semanas. Na China, a bolsa de Xangai fechou em baixa de 2,0%, após uma abertura com quedas mais significativas. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei recuou 1,03%, com o índice mostrando melhor performance na segunda parte do pregão, em meio ao recuo nos retornos do bônus da dívida do Japão, após um leilão surpresa efetuado pelo Banco do Japão. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 111,54 ienes, recuando ante ao valor de 111,64 ienes de ontem à tarde. Nas demais praças da região, prevaleceram os efeitos do recrudescimento das tensões comerciais. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve queda de 2,21%; na Coreia do Sul o índice Kospi teve queda de 1,6%; em Taiwan, o Taiex apurou perda de 1,52%.

À semelhança das bolsas asiáticas, a aversão ao risco também toma conta dos mercados acionários europeus, diante de temores de que a escalada de protecionismo coloque em risco o crescimento da economia mundial. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,88%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 cai 1,24%; em Paris, o CAC40 perde 0,84%; em Frankfurt, o DAX tem queda de 1,67%. O euro é cotado a US$ 1,1612, recuando ante a cotação de US$ 1,1662 de ontem à tarde.

Os índices futuros das bolsas de Nova York acompanham o pessimismo que tomou conta da Ásia e Europa, operando também em território negativo. O índice futuro do Dow Jones recua 1,04% no momento; o S&P 500 perde 0,63%; Nasdaq tem queda de 0,77%. Após a reunião de política monetária do Fed, ontem, que manteve os juros básicos estáveis, o comunicado divulgado mostrou-se otimista com a atual dinâmica da economia, corroborando o cenário de mais duas altas dos juros básicos ainda neste ano. O juro do T-Bond de 10 anos chegou a superar os 3,0% ao ano, mas cedeu diante da escalada da guerra comercial. No momento, o juro da Treasury de 10 anos encontra-se em 2,98%, com queda de 0,87%. O dólar se valoriza frente às principais moedas. O índice DXY situa-se em 94,94, com alta de 0,30%.

O ambiente de aversão ao risco derruba os preços das principais commodities. O índice Geral de Commodity da Bloomberg perde 0,40%, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 67,07/barril, com queda de 0,87%, no momento.

Após um Copom sem surpresas, mantendo a Selic em 6,50% como amplamente esperado pelo mercado, os futuros dos DIs têm poucos ajustes a fazer. Destaque na agenda econômica será a divulgação da produção industrial de junho. O indicador deve mostrar forte recuperação ante o dado de maio, que foi afetado pela greve dos caminhoneiros. O consenso do mercado aponta para um crescimento da produção de 14,0% na comparação mensal dessazonalizada e de 4,5% em relação a junho de 2017.

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