Risk aversion is fueled by questions on US-China trade talks, which should produce no material results, as well as concerns over US economic slowdown, according to trade indicators reported yesterday*

Risk aversion is fueled by questions on US-China trade talks, which should produce no material results, as well as concerns over US economic slowdown, according to trade indicators reported yesterday*

Edição 2196

15/02/2019

Dúvidas em relação às conversações comerciais entre EUA e China, iniciadas na segunda-feira, que devem terminar hoje sem mostrar resultados concretos, conjugado às preocupações com o enfraquecimento da economia americana, mostrado nos indicadores de comércio divulgados ontem, alimentam a aversão ao risco no dia de hoje.

Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York operam no vermelho, prenunciando uma abertura fortemente negativa. O contrato futuro do Dow Jones recua 0,44%, no momento; do S&P 500 cai 0,39%; Nasdaq perde 0,41%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,643% ao ano, de 2,652% do final da tarde de ontem. O Dollar Index, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis moedas fortes, opera com alta de 0,15%, nesta manhã. Na agenda econômica, está prevista a divulgação da produção industrial americana, que em janeiro deve ter aumentado 0,10% na comparação mensal, segundo o consenso do mercado.

Bolsas da Ásia fecham em queda nesta sexta-feira, após acumular resultados positivos ao longo da semana. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific perdeu 0,8% no pregão de hoje, reduzindo o ganho acumulado nos últimos dias. Na China, o índice de preços ao consumidor (CPI) avançou 1,7% enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,1%, ambos referentes a janeiro e em métricas anuais. Os resultados mostram que a inflação deve continuar se enfraquecendo nos próximos meses, refletindo a fraca demanda doméstica. Abre espaço para que Pequim adote mais medidas de estímulos econômicos nos próximos meses. Em Xangai, o índice Composto fechou o dia com queda de 1,37%, diante da expectativa de poucos avanços nas negociações comerciais com os EUA. Em Tóquio, o Nikkei terminou o pregão de hoje com baixa de 1,13%, mas fechou a semana com valorização de 2,8%. O dólar recuou para 110,28 ienes, de 110,54 ienes do final da tarde de ontem. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 1,87% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,34% em Seul e o Taiex registrou baixa de 0,24% em Taiwan.

Na Europa, o mau humor retratado pelos futuros americanos e pelos mercados asiáticos é atenuado por resultados corporativos positivos que dão sustentação a valorizações moderadas em diversas praças. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta discreta de 0,11% nesta manhã, após uma abertura em forte queda. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,09%; enquanto o CAC40 tem alta de 0,33% em Paris. Em Frankfurt, mercado de ações prossegue no vermelho, com o DAX recuando 0,38%, no momento. O euro recua para US$ 1,1274 de US$ 1,296 verificado no fim da tarde de ontem.

A ausência de novidades nas negociações comerciais entre EUA e China derruba as cotações de petróleo, que operavam em alta ao longo da madrugada. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para março é negociado a US$ 54,28/barril, com queda de 0,24%, no momento.

A Bovespa deve operar dividida entre a influência externa, de olho nos dados de atividade industrial que serão divulgados nos EUA, e o ambiente político doméstico, que mistura o anúncio da esperada reforma da Previdência com crise politica no PSL, partido do presidente Bolsonaro.

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