Risk aversion is high today due to expectations of weak global growth.*

Risk aversion is high today due to expectations of weak global growth.*

Edição 1440

20/01/2016

A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados no dia de hoje diante da expectativa de fraco crescimento global. Temores que foram exacerbados com a revisão para baixo do crescimento mundial pelo FMI, refletindo a menor expansão das economias emergentes e pelos efeitos da elevação dos juros nos EUA.

Bolsas na Ásia fecharam em queda. O índice MSCI Asia Pacific perdeu 2,8%, com destaque para a bolsa de Tóquio, onde o índice Nikkei encerrou o dia com baixa de 3,71%. Temores de quedas prolongadas nos preços do petróleo e o fortalecimento do iene são os motivos para os investidores evitarem as ações. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 116,14 ienes, com a moeda japonesa se valorizando pouco mais de 1,20%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 3,82% ante as preocupações de que a contínua saída de capitais resulte em encarecimento do crédito, prejudicando o mercado imobiliário. Em Xangai, o índice Xangai Composto apurou perda de 1,03%.

A Europa segue a tendência ditada pelos mercados asiáticos. O índice STOXX600 opera com queda de 2,92%, nesta manhã. Principais bolsas da região acompanham a queda: Londres -2,66%; Paris -3,27% e Frankfurt -2,98%. O euro é negociado a US$ 1,0950, ganhando 0,40% diante da moeda americana.

Nos Estados Unidos, a Treasury de 10 anos recuou 5,0%, para o yield de 1,95% ao ano, ficando próximo ao mais baixo nível desde outubro de 2014. Esse movimento é explicado pela busca de porto seguro, o que leva o índice futuro de ações S&P 500 a registrar queda de 2,22%, no momento. O dólar index recua 0,23%, refletindo as valorizações das moedas japonesa e europeia. Na agenda econômica está prevista a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) de dezembro, que no mês deve ter se mantida estável, e acumulando alta de 0,8% em 2015, segundo as projeções do mercado. Excluindo os itens alimentos e energia, o núcleo do CPI deve ter subido 0,2% no mês e 2,1% em doze meses.

Excesso de oferta e menor crescimento da economia mundial empurram os preços do petróleo ladeira abaixo. O produto tipo WTI é negociado a US$ 27,40/barril, com queda de 3,72%, nesta manhã. Demais commodities também operam no vermelho: o índice Bloomberg de Commodity registra recuo de 0,80%, no momento.

O baixo apetite por risco que se observa nos mercados internacionais deve continuar pesando sobre a bolsa brasileira, que somado à queda dos preços do petróleo, deve impedir uma reação para a Bovespa na sessão de hoje. No mercado de juros, as atenções estarão voltadas para a decisão da reunião do Copom, no final da tarde. Boa parte dos analistas passou a projetar manutenção da Selic em 14,25% ou uma alta de apenas 0,25 pp, reflexo das declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, mostrando preocupações com o fraco crescimento da economia brasileira projetado pelo FMI. Se confirmada essa previsões, os vértices mais curtos da curva devem se ajustar para baixo, enquanto os longos devem continuar pressionados, captando taxa de inflação ascendente ao longo dos próximos meses.

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