The behavior of the markets, following the release of the Fed’s FOMC minutes, portends a day of risk aversion.*

Edição 701

04/01/2013

O comportamento dos mercados prenuncia um dia de aversão ao risco. Após a divulgação da ata do Fed/Fomc, ontem, afirmando que a política de quantitative easing (QE) pode estar com os dias contados, investidores voltam-se para os dados sobre o emprego nos Estados Unidos, que serão conhecidos nesta manhã. Aguarda-se por números que mostrem aceleração da economia, os quais poderiam devolver animação para os mercados. A payroll deve mostrar a criação de 153 mil postos de trabalho em dezembro, mantendo a lenta trajetória de recuperação. A taxa de desemprego deve permanecer em 7,7%. Os futuros dos índices S&P e D&J operam com altas discretas nesta manhã, enquanto o dólar ganha valor ante as principais moedas (dólar índex: +0,49%).

Na Europa, em meio a fracas oscilações, os mercados de ações não mostram um direcional claro. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com discreta queda (-0,07%) no momento, enquanto em Londres, a bolsa local flutua em torno da estabilidade. Paris e Frankfurt registram quedas de 0,23% e 0,11%, respectivamente. O euro perde 0,30% frente à moeda americana, sendo negociado a US$ 1,3010/€.

Na Ásia, os mercados também foram afetados negativamente pela percepção de que o Fed começa a ficar sem munição para combater a crise mundial. O índice MSCI Asia Pacific, excluindo o Japão, fechou em queda de 0,7%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,29%, em movimentos de correção técnica, após as fortes altas recentes. Na China, a bolsa de Xangai, em seu primeiro dia de negócios no ano, fechou com ganho de 0,35%. No Japão, mercados permanecem fechados por conta do feriado.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua 0,71% nesta manhã, negociado a US$ 92,23/barril. Com o movimento de busca por porto seguro, as commodities também operam em baixa. O índice total de commodities recua 0,62% no momento, sendo que metais caem 0,77% e agrícolas -0,24%.

O ambiente de aversão ao risco, onde petróleo e commodities recuam, não favorece o mercado de ações brasileiro. Caso o relatório de emprego americano surpreenda positivamente, revertendo o atual mau humor que impera nos mercados internacionais, poderia resultar em ganhos para o Ibovespa ao longo do dia. No mercado de câmbio, a se deduzir pela inatividade do Banco Central no dia de ontem, pode-se imaginar que a autoridade monetária está satisfeita com o dólar sendo negociado no intervalo de R$ 2,00 a R$ 2,05/US$. No mercado de juros futuros, as oscilações tem se dado em margens estreitas e com baixo volume de negócios. No pregão de hoje, o viés de baixa deve permanecer diante do esperado fraco resultado para a produção industrial de novembro, que será divulgada nesta manhã. Consenso: -0,7% MoM e – 0,9% YoY.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
www.sulamericainvestimentos.com.br