The Cypriot crisis continues to drag on, far from a final solution, whatever form that may take. In Italy, difficulties in forming a new government are bringing the country ever closer.*

Edição 754

27/03/2013

A crise cipriota se arrasta, estando ainda longe de um final, seja ele qual for. Na Itália, dificuldades em formar um novo governo coloca o país cada vez mais próximo de novas eleições, levando investidores a exigirem maiores yields para tomar títulos italianos.

Bolsas europeias operam no vermelho, nesta manhã. O índice de ações pan-europeu STOXX600 registra recuo de 0,34%, no momento, enquanto em Londres, Paris e Frankfurt apresentam quedas de -0,21%, -1,05% e -0,76%, respectivamente. O euro se enfraquece frente às principais moedas, sendo negociado ante a moeda americana a US$ 1,2792 (-0,54%), caindo abaixo de US$ 1,28 pela primeira vez desde novembro de 2012.

Os futuros dos índices S&P e D&J operam em baixa, registrando quedas de 0,37% e 0,35%, respectivamente. Hoje a agenda econômica americana é fraca, concentrada nos discursos de alguns membros do Fed (Eric Rosegren, Fed Boston; Sandra Pianalto, Fed Cleveland; e Kocerlakota, Fed Mineapolis). O dólar ganha força no dia de hoje, enquanto a treasury de 10 anos recuou para 1,85% ao ano, ambos em movimentos de busca por porto seguro.

Na Ásia mercados fecharam em alta, estimulados pelos bons indicadores divulgados pela economia americana ontem. O índice MSCI Asia Pacific avançou 0,6% no pregão de hoje. No Japão, expectativas de novas medidas para enfraquecer o iene estimularam as compras de ações, levando o Nikkei a encerrar o dia com valorização de 0,18%. A moeda japonesa é cotada a 94,56 ienes por dólar e 120,98 ienes por euro. Na China, a bolsa de Xangai fechou com ganho de 0,16%, em cima de reportes mostrando recuo no volume de créditos ruins dos bancos. Em Hong Kong, mercado local fechou com alta de 0,69%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI segue flutuando em torno de US$ 95 a 96/barril, enquanto as commodities metálicas perdem 0,32% e as agrícolas -0,10%.

Expectativa de que a Bovespa apresente tendência de baixa no pregão de hoje, uma vez que não há grandes motivações favoráveis vindas do exterior. No mercado de câmbio, a afirmação de Nelson Barbosa de que não vê "impacto perceptível" da atual alta do dólar na inflação pode alimentar movimentos que levem o valor do dólar a acima de R$ 2,017. Às vésperas da formação da PTAX e com possibilidades de se contar com a intervenção do BC a qualquer momento, o dia deve ser de muita volatilidade. Na renda fixa, o quadro é de estabilidade para os juros futuros, com os investidores aguardando a divulgação do Relatório de Inflação amanhã, para melhor definição de estratégias para esse mercado.

Superintendência de Economia
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