The deadlock in the US Congress is still the most relevant issue for financial markets, which now seem to be more concerned with such delay in reaching an agreement.

Edição 884

02/10/2013

O impasse no congresso americano continua sendo a questão mais importante para os mercados financeiros, que, no momento, parecem mais preocupados com a demora para chegar a um acordo e com a data limite de 17/out (quando o teto da dívida será atingido). O secretário do Tesouro americano, Lew, já disse que o Tesouro começou a adotar medidas extraordinárias para se financiar.

Na Ásia as bolsas fecharam em alta fora do Japão, com o índice MSCI Ásia Pacífico ex Japão subindo 0,2% e o índice Nikkei225 do Japão recuando 2,17%. A bolsa de Xangai, na China, permaneceu fechada devido a feriado. A queda na bolsa japonesa deve-se à valorização do iene diante das outras moedas, sendo que ele está ganhando 0,54% diante do dólar agora, cotado a ¥/US$ 97,46.

Na Zona do Euro ocorre hoje a reunião do Banco Central Europeu. O seu presidente, Draghi, disse recentemente que novas medidas de estímulo para a economia, como o uso de LTRO, não estão descartadas, porém a maioria dos analistas acredita que ele não deve anunciar nada de novo hoje. Hoje também ocorre o voto de confiança no congresso italiano após a saída de ministros do partido de Berlusconi do governo. O euro está se depreciando diante do dólar, 0,05%, cotado a US$/€ 1,3510. As bolsas europeias operam em sua maioria em queda pela manhã. O índice de ações pan-europeu STOXX600 recua 0,54%. O CAC40 de Paris e o DAX30 de Frankfurt têm quedas de 0,67% e 0,47%, respectivamente. Em Londres, o índice FTSE100 perde 0,71% no momento.

Nos EUA, o congresso americano ainda não chegou a um acordo sobre o orçamento do ano fiscal de 2014. A divulgação de dados pelo governo americano está comprometida enquanto o orçamento não for aprovado, o que pode colocar uma importância maior sobre o dado de criação de vagas ADP em setembro, que será divulgado hoje (e para o qual é esperado aceleração, de 174 mil para 180 mil). Os índices futuros das bolsas caem pela manhã. O S&P 500 cai 0,48% e o Dow Jones 0,63%. O índice DXY, que mede o valor do dólar contra as principais moedas, está estável. Os juros de 10 anos nos EUA têm recuo hoje, a 2,634% a.a..

Os preços de commodities têm ligeira queda pela manhã. O índice UBS/Bloomberg recua 0,04%. O preço do petróleo tipo WTI cai 0,24%, com o barril valendo US$ 101,78.

As questões políticas dos dois lados do Atlântico devem fazer os mercados financeiros terem um dia de maior aversão ao risco, com queda nas principais bolsas. A volatilidade deve prevalecer enquanto as questões fiscais americanas não forem resolvidas. A bolsa brasileira deve ter um dia de queda, seguindo as bolsas no exterior e notícias corporativas. O dado de produção industrial de agosto (para o qual o mercado espera alta de 0,2% M/M) deve ter impacto sobre a curva futura de juros. A projeção da SulAmérica Investimentos é de 0,8% M/M. Se ele vier de acordo com essa expectativa, os juros futuros devem subir. O Real deve se valorizar diante do dólar.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
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