The Fed should begin increasing the Federal Funds rate, which has been maintained at zero since mid-2006, starting the adjustments in the U.S. monetary policy*

The Fed should begin increasing the Federal Funds rate, which has been maintained at zero since mid-2006, starting the adjustments in the U.S. monetary policy*

Edição 1419

16/12/2015

O Fed deve iniciar, no dia de hoje, a elevação da taxa de juros de referência (Fed Fund), que vem sendo mantida em zero desde meados de 2006, dando início ao ajuste da política monetária americana. Investidores atribuem probabilidade de cerca de 80% dos juros subirem hoje. O foco, no entanto, recairá sobre a sinalização do ritmo em que ocorrerá o ajuste monetário. Indicadores de inflação ao consumidor, divulgados ontem, mostram que a inflação corre ainda abaixo da meta do Fed. Indicações de que o ajuste deverá ser lento e gradual.

Na Ásia, enquanto investidores aguardam pelo Fed, mercados de ações fecharam com alta expressiva, após as sucessivas perdas dos últimos dias. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 2,2% na sessão de hoje, reduzindo as perdas acumuladas nos últimos seis dias. Na Japão, o enfraquecimento do iene estimulou a procura por ações de exportadoras. O Nikkei fechou com valorização de 2,61%. Na China, o índice Composto de Xangai apurou alta de 0,17%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong encerrou o dia com variação de +2,02%.

Na Europa, os indicadores dos gerentes de compras (PMI) preliminares de dezembro vieram pouco abaixo do observado nos meses anteriores. O PMI composto da Zona do Euro recuou para 54,0 na prévia de dezembro, ante 54,2 de novembro. O índice STOXX600 opera com ligeira alta (+0,03%), enquanto Londres sobe 0,41%, enquanto as bolsas de Paris e Frankfurt oscilam em torno da estabilidade. O euro troca de mãos a US$ 1,0930, mostrando relativa estabilidade frente ao dólar, enquanto se aguarda pela decisão do Fed.

O índice futuro de ações do S&P 500 registra alta de 0,17%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 0,31%, situando-se em 2,273% ao ano. O dólar flutua em torno da estabilidade, refletindo a postura cautelosa dos investidores à espera da do comunicado do Fed que poderá dar indicações sobre o ritmo do aperto monetário americano ao longo do próximo ano.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é cotado a US$ 36,80/barril, com queda de 1,50%. Demais commodities também operam em baixa. O índice geral de commodity da Bloomberg mostra recuo de 0,52%, nesta manhã, com destaque para metais básicos (-2,11%) e agrícolas (-0,21%).

Na agenda econômica doméstica, enquanto se aguarda pela decisão do STF sobre o rito do impeachment, o IBGE divulga os resultados das venda do comércio varejista em outubro. Segundo o consenso do mercado, as vendas recuaram 1,1% na comparação mensal e -8,3% se comparadas a igual mês do ano passado. A FGV divulga o IGP-10 de dezembro, que deve mostrar variação de 1,11% no mês. Mercados devem ficar de olho no ministro Levy, após a presidente Dilma autorizar a meta fiscal flexível sugerida pelo ministro Barbosa. A meta flutuará numa banda de 0% a 0,5% do PIB. O ministro Levy defendia meta de 0,7% do PIB.

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