The frustration with the G20 summit and the perception that the main global central banks have little to do to stimulate the world economy put investors*

The frustration with the G20 summit and the perception that the main global central banks have little to do to stimulate the world economy put investors*

Edição 1464

29/02/2016

A frustração com a reunião do G-20 e a percepção de que os principais bancos centrais globais têm muito pouco a fazer para estimular a economia mundial deixam os investidores na defensiva, no dia de hoje. Mercados de ações recuam, ouro sobe e juros das treasuries recuam em reflexo ao ambiente de maior aversão ao risco.

Na Ásia, a promessa do governo chinês de que não deixaria o yuan se depreciar não foi suficiente para estimular o ânimo dos investidores. Os mercados de ações fecharam em baixa. O índice MSCI Asia Pacific terminou o dia com perda de 0,6%. No Japão, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio encerrou a sessão com recuo de 1,0%, apesar da inversão da tendência do iene, que passou a se enfraquecer frente ao dólar. A moeda americana é negociada a 112,91 ienes no momento, chegando a ser cotada a 113,3 ienes ao longo do pregão asiático. Na China, a falta de indicações mais firme por parte do governo chinês sobre medidas efetivas de estímulos levou a saída do mercado de ações. O índice Xangai Composto fechou com perda de 2,86%, após ter marcado queda de 4,6% nas primeiras horas do pregão. Em Hong Kong, o índice Hang Seng revê desvalorização de 1,30%. Com mercados já fechados, o banco central da China cortou em 0,5 ponto percentual a exigência de reservas dos bancos, objetivando manter elevada a liquidez do sistema bancário local.

Na Europa, mercados acompanham as bolsas asiáticas. O índice STOXX600 opera com queda de 0,67%, nesta manhã. Em Londres, o índice de ações FTSE100 perde 0,55%; em Paris o CAC40 recua 0,70% e em Frankfurt, o DAX se desvaloriza 1,19%. O euro troca de mãos a US$ 1,0900, com queda de 0,31% ante a moeda americana.

No mercado americano, o índice futuro de ações do S&P 500 também opera no vermelho, anotando queda de 0,17%, neste momento. O dólar registra pequena queda frente às principais moedas, segundo o índice DXY, que acompanha o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas. No mercado de renda fixa, o juro do T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,747% ao ano, com queda de 0,88%.

No mercado de petróleo permanece a percepção de que o excesso de oferta do produto permanecerá por um longo tempo. O petróleo tipo WTI é cotado a US$ 32,50/barril, com queda de 1,04%, nesta manhã. O índice geral de commodity da Bloomberg opera estável, com destaque para as altas de metais preciosos e produtos agrícolas.

Em linha com o mau humor vindo do ambiente externo, a Bovespa deve ficar refém do movimento das commodities e do noticiário corporativo, sem fôlego para definir uma tendência firme de alta dos preços. No mercado de juros futuros, os vencimentos mais curtos devem ficar estáveis à espera da reunião do Copom, nesta semana. Os vértices mais longos devem ficar pressionados com o cenário externo avesso a risco e as tensões políticas locais. Nesse momento de maior aversão ao risco, o dólar deve voltar a R$ 4,00, mantendo viés de alta.

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