The progressive increase of tension in Ukraine, which led to emergency meetings between the heads of Russia and the United States at the United Nations, pushes investors away from risk assets.

The progressive increase of tension in Ukraine, which led to emergency meetings between the heads of Russia and the United States at the United Nations, pushes investors away from risk assets.

Edição 1010

14/04/2014

A escalada das tensões na Ucrânia, levando a reuniões de emergência entre os dirigentes da Rússia e dos EUA na ONU, empurra os investidores para longe dos ativos considerados de risco, beneficiando a Treasury americana, o iene e as commodities em geral.

A busca por ativos seguros favoreceu a moeda japonesa nas operações asiáticas, ao mesmo tempo em que aumentou a procura pela Treasury americana, levando o juro do papel de 10 anos para 2,62% ao ano, o mais baixo das últimas seis semanas. O dólar ganha frente às principais moedas, principalmente diante das moedas emergentes. O dólar index registra alta de 0,36% no momento, enquanto os índices futuros do S&P e D&J operam em queda de 0,13% e 0,12%, respectivamente.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific recuou 0,4% no dia de hoje. Destaque para a bolsa japonesa, onde o Nikkei perdeu 0,36%. Esse resultado refletiu as preocupações com fracos resultados corporativos da atual safra de balanços, bem como os temores com relação à economia doméstica após o aumento do imposto sobre vendas e a falta de progresso das reformas prometidas pelo governo Shinzo Abe. Na China, a bolsa de Xangai fechou perto da estabilidade, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou valorização de 0,15%. Rumores de que o governo pode reduzir os depósitos compulsórios dos bancos para estimular a economia ajudaram a movimentar os negócios.

Na Europa, o discurso de Mario Draghi, neste final de semana, reforçando as possibilidades de o Banco Central Europeu (BCE) adotar medidas de estímulos monetários na linha do QE americano, derrubou o euro frente à moeda americana. O euro é negociado a US$ 1,3820 nesta manhã, com queda de 0,44% (US$ 1,3893 no final da sexta-feira). No mercado de ações, as tensões na Europa Oriental levam o índice STOXX600 a operar com queda de 0,71%, nesta manhã. As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt registram perdas de 0,59%, 0,73% e 0,76%, respectivamente.

Nesta manhã em que prevalece a aversão ao risco, as commodities em geral operam em alta. O valor do petróleo tipo WTI chegou a superar US$ 104,0/barril, estando agora no nível de US$ 103,54/barril, com queda de 0,19%. Demais commodities: metais +0,33%; agrícolas +0,47% e metais preciosos +0,15%.

Nesse ambiente de maior aversão ao risco que prevalece no dia de hoje, a Bovespa pode abrir espaço para alguma realização de lucros após as altas recentes na contramão dos principais mercados mundiais. O real pode recuar frente à moeda americana, neste dia em que investidores buscam ativos de menor risco. No mercado de juros, os dados de inflação previsto na semana devem acentuar a volatilidade da curva a termo. Hoje será conhecido o IGP-10, que deve recuar de 1,29% em março para 1,10% em abril, segundo as projeções do mercado. A menor variação refletirá o esgotamento da pressão altista dos alimentos no atacado.

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