The stock markets opened assuming a defensive position while await the decision of the Federal Open Market Committee’s monetary policy meeting at 3:00 p.m. (Brasília time)

Edição 1053

18/06/2014

Mercados abrem na defensiva, enquanto aguardam a decisão da reunião de política monetária do Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc), às 15hs de Brasília. Mais um corte de US$ 10 bilhões no programa de compra de ativos (QE3), que diminuirá para US$ 35 bilhões/mês a partir de julho, deverá ser anunciado, ao mesmo tempo em que se deve confirmar a manutenção dos juros básicos nos baixos patamares atuais. O encontro desperta interesse, principalmente, pela atualização das projeções econômicas e a entrevista que a presidenta do Fed, Janet Yellen, concederá após a reunião (15h30). O fato de a inflação ao consumidor ter superado a meta anual de 2,0% em maio pode dar um tom mais “hawkish” ao comunicado que será divulgado no final do encontro.

A inflação, referente a maio, acima do esperado, confirmando que a economia ganha força afastando o fantasma da estagnação, devolveu o yield do T-Bond de 10 anos para nível acima de 2,60% ao ano, ao mesmo tempo em que o dólar se valorizou frente às moedas em geral, principalmente, diante das emergentes. No momento, a Treasury de 10 anos remunera a 2,64%, e o dólar se mantém estável diante das principais moedas. Os índices futuros do S&P e D&J operam com discretas altas, nesta manhã.

Na Europa, a postura também é de espera pela reunião do Fomc. Maioria dos mercados opera no azul. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização de 0,13%, no momento. Em Paris, o índice CAC40 registra ligeira alta, enquanto o FTSE100 de Londres sobe 0,42% e o DAX30 de Frankfurt +0,27%. O euro é negociado a US$ 1,3568, subindo em relação a US$ 1,3543 de ontem à tarde.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific subiu 0,1%, refletindo principalmente a bolsa japonesa. Em Tókio, o índice Nikkei fechou o dia com ganho de 0,93% favorecido por um dólar ligeiramente mais forte e na espera de um cenário um pouco mais claro sobre a política monetário nos EUA. O dólar é negociado a 102,20 ienes contra 101,97 ienes observado na sessão de ontem. Na China, registrou-se mais um dia de mercados em queda: o índice Xangai Composto perdeu 0,60%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong encerrou o dia com recuo de 0,09%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 106,59/barril (+0,22%), com tendência de alta, à medida que se agravam os acontecimentos no Iraque. Demais commodities operam em alta, com destaque para metais (+0,23%) e agrícolas (+0,64%).

A Bovespa deve operar à espera de uma definição sobre a política monetária americana, para então buscar uma tendência mais clara. O mesmo vale para câmbio e juros. Um comunicado com um tom mais hawkshi sobre os próximos passos da política monetária nos EUA levará a uma nova rodada de valorização global do dólar, acompanhado por alta dos juros das treasuries americanas. Cenário de pressão sobre o real e alta dos vértices longos da curva de DIs futuros.