The U.S. Congress approved legislation to avoid the fiscal cliff, mitigating the fiscal adjustments. The agreement increases taxes on family income.*

The U.S. Congress approved legislation to avoid the fiscal cliff, mitigating the fiscal adjustments. The agreement increases taxes on family income.*

Edição 699

02/01/2013

O Congresso dos Estados Unidos aprovou lei que evitou o fiscal cliff, atenuando as medidas do ajuste fiscal. O acordo estabelece a alta dos impostos (taxa subiu de 35% para 39,6%) a partir de renda familiar superior a US$ 450 mil por ano. O corte de gastos programado foi postergado por dois meses. O total do corte soma US$ 1,2 trilhão nos próximos dez anos. Benefícios a desempregados foram mantidos por mais um ano, O acordo não tocou no assunto teto da dívida que deverá ser aumentado até o final deste mês.

Evitado o abismo fiscal, as moedas consideradas porto seguro perdem valor ante seus principais parceiros. O dólar index, que avalia o valor da moeda americana frente uma cesta formada por seis importantes moedas, recua 0,45% nesta manhã. Frente ao euro é cotado a US$ 1,3280/€, com a moeda comum valorizando-se 0,57% ante o dólar. O iene recua para o seu mais baixo valor ante ao dólar desde 2010, sendo negociado a ¥87,13/US$ e ¥115,71 frente ao euro. A treasury de 10 anos remunera a 1,77% ao ano, enquanto os futuros das principais bolsas americanas operam com fortes altas: S&P +2,61% e D&J +1,96%.

Na Europa, o acordo em torno do ajuste fiscal americano proporciona também forte alta nas principais bolsas de valores da região. O índice STOXX600 registra ganho de 1,32% nesta manhã, acompanhado por valorizações em Londres (+1,53%); Paris (+1,88%) e Frankfurt (+1,73%).

Na Ásia, o MSCI Asia Pacific, excluindo Japão, fechou com alta de 2,0%, com forte busca por ativos de risco após a solução do impasse fiscal americano. No Japão, e outros mercados asiáticos, permaneceram fechados por conta de feriado local. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o pregão com alta de 2,89%, o melhor resultado para um início de ano desde 2009.

O mercado de commodities também se beneficia do acordo fiscal americano. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 92,73/barril, com ganho de 0,99% no momento. Demais commodities também operam no azul: o índice total registra ganho de 0,77%, com destaque para metais que sobem 1,85%.

À semelhança do que ocorre nos principais mercados internacionais, o acordo fiscal firmado nos EUA, afastando o risco do fiscal cliff, deverá proporcionar forte alta para a Bovespa neste primeiro pregão do ano. A redução da aversão ao risco nos mercados externos deve favorecer a apreciação do real. Banco Central deverá operar de forma a assegurar o valor do dólar em torno de R$ 2,05/US$. No mercado de juros, afastado o risco de um choque fiscal nos EUA, os principais vértices da curva de juros futuros podem voltar a subir, captando a piora do quadro inflacionário doméstico.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
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