The week begins with investors eyeing the Federal Open Market Committee’s meeting (Fomc) which will start tomorrow and ending on Wednesday.*

Edição 809

17/06/2013

Semana começa com as atenções voltadas para a reunião do Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc), que se inicia amanhã, terminando na quarta-feira. Há certo otimismo quanto ao seu resultado. Espera-se que o Fed reafirme que o desemprego permanece elevado, refletindo uma economia que ainda não dá sinais consistentes de crescimento, exigindo a manutenção dos estímulos monetários.

Diante dessa expectativa, bolsas asiáticas fecharam sem uma direção definida. Em Tókio, os investidores, mantendo a cautela, foram atrás de pechinchas. Em um pregão de baixo volume de negócios, o Nikkei terminou o dia com ganho de 2,73%, fechando no ponto alto do dia. O iene é negociado a ¥ 94,85/US$, contra 94,10 ienes por dólar no final da sexta-feira. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,22%, graças à recuperação dos papéis das incorporadoras imobiliárias, prejudicados nos últimos dias pelos temores de alta de juros nos EUA. Na China, a bolsa de Xangai fechou com queda de 0,25%, com a pressão vendedora motivada pelo enfraquecimento da economia chinesa, mas limitada pela caça a barganhas.

Na Europa, os mercados também operam de olho da reunião do Fomc, prevalecendo a aposta de que, dada as fragilidades mostradas pela recuperação da economia americana, ainda é cedo para que o Fed inicie o processo de redução do seu programa de compra de ativos. O índice STOXX600 opera em alta de 1,20%, no momento, acompanhando por Londres +0,89%, Paris +1,85% e Frankfurt +1,44%. O euro é cotado a US$ 1,3340, subindo em relação a cotação de sexta-feira (US$ 1,3314).

Os índices futuros das principais bolsas norte-americanas também operam no azul. O S&P e o D&J registram valorizações de 0,95% e 0,90%, respectivamente, nesta manhã. O dólar permanece relativamente estável frente às principais moedas, enquanto o juro pago pelo TBond de 10 anos situa-se em torno de 2,119%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é comercializado a US$ 98,50/barril, com ganho de 0,66%, no momento. Demais commodities operam majoritariamente no vermelho, com destaque para metais (-0,29%) e agrícolas (-0,36%).

À semelhança das demais praças, os mercados brasileiros deverão ser muito afetados pelos desdobramentos da reunião de política monetária nos EUA, nesta semana. Qualquer sinal de redução do programa de compras de ativos do Fed, hoje em US$ 85 bilhões/mês, resultará em forte valorização do dólar ante ao real, vendas pesadas na Bovespa e saída de investidores estrangeiros do mercado de DI futuro, acirrando a alta das taxas pagas pelos vencimentos mais longos. Acreditamos que ainda não será na reunião desta semana que a redução dos estímulos monetários seria anunciada, mas eventuais mudanças na linguagem do comunicado e/ou nos comentários de Bernanke resultarão em forte volatilidade para os mercados.

Superintendência de Economia
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