U.S. President Donald Trump has delayed tariff hike on Chinese goods, ensuring more time for the world’s two largest economies to close a trade deal.*

U.S. President Donald Trump has delayed tariff hike on Chinese goods, ensuring more time for the world’s two largest economies to close a trade deal.*

Edição 2202

25/02/2019

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prorrogou a trégua para aplicar tarifas adicionais à China, garantindo mais tempo para que as duas maiores economias do mundo fechem um acordo comercial. Essa decisão refletiu os progressos alcançados por americanos e chineses nas negociações comerciais das últimas semanas, justificando adiar a elevação de tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em produtos chineses, prevista para vigorar a partir de 02 de março.

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira, lideradas pelos mercados chineses. O principal índice acionário chinês, o Xangai Composto subiu 5,6%, registrando o maior ganho em um único pregão desde julho de 2015. O tom positivo também prevaleceu em outras partes da Ásia. O Hang Seng subiu 0,50% em Hong Kong, enquanto o japonês Nikkei avançou 0,48% em Tóquio. O sul-coreano Kospi teve alta apenas marginal em Seul (0,09%); o Taiex avançou 0,66% em Taiwan. O dólar subiu ligeiramente frente à moeda japonesa, sendo cotado a 110,70 ienes de 110,67 ienes de sexta-feira à tarde.

A percepção de que a guerra comercial entre EUA e China pode chegar a um final que agrade a todos, impulsiona também os demais mercados pelo mundo. Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,31%, com destaque de alta para ações de montadoras de autos e bancos. Em Londres, o FTSE100 avança 0,22%; o CAC40 tem alta de 0,32% em Paris; em Frankfurt, o DAX ganha 0,41%. Na Itália, a bolsa de Milão sobe quase 1,0%, após a Fitch reafirmar o rating da Itália em BBB na última sexta-feira. O euro é negociado US$ 1,1350, subindo em relação ao valor de US$ 1,1336 do fim da tarde de sexta-feira.

Os ativos norte-americanos também respondem positivamente ao adiamento da data final para elevação de tarifas sobre importações adicionais de US$ 200 bilhões de produtos chineses. Os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura positiva. O futuro do índice Dow Jones sobe 0,48%; do S&P 500 avança 0,30%; Nasdaq tem alta de 0,53%, no momento. O rendimento do T-Bond de 10 anos subiu para 1,672% de 2,651% no final de sexta-feira. O dólar perde valor frente às principais moedas fortes (índice DXY recua 0,11%, nesta manhã), perdendo valor também sobre boa parte de moedas emergentes.

No mercado de commodities, o índice Geral de Commodity Bloomberg sobe 0,34%, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para entrega em abril é negociado a US$ 57,39/barril, com alta de 0,23%.

Expectativas são positivas para os ativos brasileiros que devem ser favorecidos pelo ambiente de menor aversão ao risco, decorrente da possibilidade concreta de um acordo comercial entre americanos e chineses. Numa agenda econômica doméstica esvaziada, a Bovespa deve acompanhar a tendência ditada pelos futuros de ações de Nova York, enquanto o real deve se favorecer do enfraquecimento do dólar frente às principais moedas emergentes.

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