Without significant news in the global economic agenda, investors assess uncertainties about the U.S.*

Without significant news in the global economic agenda, investors assess uncertainties about the U.S.*

Edição 2180

23/01/2019

Em um dia sem muitas novidades na agenda econômica mundial, investidores avaliam as incertezas referentes às negociações comerciais entre americanos e chineses, os estímulos econômicos que devem ser anunciados em Pequim e a expectativa de que o fechamento parcial (shutdown) do governo americano esteja próximo do fim.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam sem direção única, com baixas oscilações. O índice MSCI Asia Pacific flutuou entre altos e baixos, fechando o dia com queda de 0,30%. No âmbito da guerra comercial entre EUA e China, as negociações podem ser prejudicadas pela falta de progresso em questões importantes, como a propriedade intelectual e as reformas estruturais na economia chinesa, ilustrando as dificuldades de se chegar a um acordo até 1º de março. Na China, o governo planeja ampliar os gastos fiscais, com base em corte nos impostos, e aumentar a oferta de crédito para pequenas e médias empresas, com objetivo de reforçar o crescimento econômico. Na bolsa de Xangai, em dia de volatilidade, o índice Composto fechou com alta discreta de 0,05%. Em Tóquio, o Nikkei teve ligeira baixa de 0,14%. Como antecipado pelos mercados, o Banco do Japão (BoJ) manteve sua política monetária inalterada, mas reduziu suas projeções de inflação para este e próximos anos. O iene se enfraqueceu após a decisão. O dólar é negociado a 109,57 ienes, subindo em relação à cotação de 109,35 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve baixa marginal de 0,02% em Hong Kong, o sul-coreano Kospi avançou 0,47% em Seul; em Taiwan, o Taiex caiu 0,49%.

Na Europa, queda nas ações do setor de tecnologia leva o STOXX600 a operar com queda de 0,29% nesta manhã, o que se mantido, pode fazer com que o índice feche em baixa pelo terceiro dia consecutivo. Em Londres, o FTSE100 mostra recuo de 0,66%; em Paris, o CAC40 perde 0,25%; em Frankfurt, o DAX cai 0,48%. O euro é negociado a US$ 1,1362, permanecendo próximo do valor de US$ 1,1361 de ontem à tarde.

No mercado americano, investidores esperam que o Senado vote o orçamento para o ano fiscal de 2019 nesta quinta-feira, o que pode encerrar o shutdown do governo, ao mesmo tempo em que aguardam pela divulgação de importantes balanços corporativos (Ford Motor; United Technologies Corp) no dia de hoje. No momento, os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura sem direcional claro: o índice futuro do Dow Jones sobe 0,02%; do S&P 500 recua 0,04%; do Nasdaq cai 0,03%. O juro do T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,748% ao ano (+0,26%, no momento), subindo em relação a 2,738% de ontem à tarde. O dólar não mostra tendência clara frente às principais moedas, com o índice DXY flutuando em torno da estabilidade, nesta manhã.

Mercados de commodities são favorecidos pelas notícias de que a China planeja implementar nova rodada de medidas de estímulos fiscais e creditícios. O índice Geral de Commodity Bloomberg sobe 0,54%, nesta manhã. Os contratos futuros de petróleo tipo WTI, para entrega em março, flutuam em torno do valor de US$ 52,98/barril.

O ambiente externo não é muito propício ao risco, em meio às dúvidas sobre avanços nas negociações comerciais entre americanos e chineses, temperado por promessas de estímulos econômicos na China. Internamente, estímulo à Bovespa e aos ativos domésticos poderá vir da entrevista coletiva que o ministro da Economia, Paulo Guedes, concederá em Davos no início da tarde, que pode reforçar a confiança no governo do presidente Bolsonaro. Na agenda econômica, o IBGE divulga o IPCA-15 de janeiro, que deverá mostrar alta de 0,35% no mês e 3,81% no acumulado em 12 meses, segundo o consenso do mercado.

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